domingo, agosto 03, 2008

estômago de plástico

Gritei em ângulo agudo
Ceguei os tímpanos da paixão
Voei em ângulo rasante
Senti meu corpo estraçalhar-se na contramão.
Cambaleando, cruzei a avenida principal
Lojas decoradas,pessoas mau tratadas.

Com fome,
Entreguei-me ao lixo mais próximo
Comi de beijos incompletos a amor estragado.
Comidas doces, recebiam o nome de Verdade
Salgadas,o nome era Mentira
Amargas,para quem não sabia ler,
Dizia que era Saudade.

Nutri-me meses com comidas doces e amargas.
Completando o grau de obesidade,
O fabricador chega repentinamente
Esclarece meu engano.

Agora
comidas doces e amargas se chamavam Ilusão
E as salgadas,era a tal verdade
Sem elementos fabricados ou temperos de plástico,
As quais nunca provei.

4 comentários:

falcon disse...

lindo julia..
;~~

Estêvão dos Anjos disse...

bota o dedo lááááá dentro da garganta e vomita tudo!

Anônimo disse...

nenem constrói de um jeito que tira meu fôlego

Yara Souza disse...

Engula
o grito agudo angular,
dor estomacal
digerindo
beijos agridoces,
incompletos.

Engula
a gula de viver,
a sempre ânsia
a cirrose
a dor cítrica do acaso.

Engula e devolva
mastigados cuspidos
os sentimentos coloridos
artificialmente.