Quando não podia mais sentir
O amor,aquele deus mendigo
Me configurou
Mexeu em minhas cores
Em meus corcovados
Arrancou-me do preto e branco
Nocauteou-me para a sépia.
Como se não fosse pouco
Caçoou dos meus desenhos e anseios
Das minhas telas e músicas
Das minhas curas e loucuras
Da minha memória.
Me tomou em um só gole
Deixando-me em uma gota
Me tragou como um cigarro rasgante barato
Me surrou no meio fio
De uma periferia mórbida
E quando não tive mais força
Ouvi dizer por ai
Que o amor é lindo.
quarta-feira, janeiro 30, 2008
domingo, janeiro 27, 2008
Para eles
Of........u........s.........c a n t e..........vai ficando
A tela em creolina
...........A tinta a gasolina
..........................Os p............s
..........................................a s.o.s ................em surdina
Os planos para improvisar.
A simbiose humano máquina
Carne aço
...............................e........
...........................t..........
.........................n .........s
.....................e..................
.................d......................t
.............i.............................
...........s................................a
......e........................................
....r...........................................d
P...................................................o
.........Proletário agonizado............
....................................................................................p
.....................................................................ra....../........a
................................................................t............/....ssa
Em cordas e lamentos............................l......../............d
Os olhares ...................................u................./..................os
Em livros e gritos
Os turvos pensamentos
Em surtos e alienação
Nossas pautas arrastadas
surradas
Consideradas como
Simples acaso da utopia e da ilusão.
A tela em creolina
...........A tinta a gasolina
..........................Os p............s
..........................................a s.o.s ................em surdina
Os planos para improvisar.
A simbiose humano máquina
Carne aço
...............................e........
...........................t..........
.........................n .........s
.....................e..................
.................d......................t
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......e........................................
....r...........................................d
P...................................................o
.........Proletário agonizado............
....................................................................................p
.....................................................................ra....../........a
................................................................t............/....ssa
Em cordas e lamentos............................l......../............d
Os olhares ...................................u................./..................os
Em livros e gritos
Os turvos pensamentos
Em surtos e alienação
Nossas pautas arrastadas
surradas
Consideradas como
Simples acaso da utopia e da ilusão.
terça-feira, janeiro 22, 2008
Planejamento urbano
O lúcido e o translúcido,o papel e a folha riscada,são como fadas estupradas.
Na cidade as coisas são assim,de modo transfigurado ao fantasiado,os gatos são espertos e os cachorros são os domesticados,as guitarras são ouvidas e os baixos,simplesmente,descartados.
O combustível que engolimos,a velha que dá o bom dia sem ouvir retorno,o porteiro que ouve o programa policial as seis da manhã,até o morador desconhecido do teu prédio,que obrigatoriamente te faz companhia no elevador,são todos rabiscos de um projeto qualquer do arquiteto urbano.
Na cidade as coisas são assim,de modo transfigurado ao fantasiado,os gatos são espertos e os cachorros são os domesticados,as guitarras são ouvidas e os baixos,simplesmente,descartados.
O combustível que engolimos,a velha que dá o bom dia sem ouvir retorno,o porteiro que ouve o programa policial as seis da manhã,até o morador desconhecido do teu prédio,que obrigatoriamente te faz companhia no elevador,são todos rabiscos de um projeto qualquer do arquiteto urbano.
sábado, janeiro 19, 2008
remissivo
Volto a te escrever
Amaciando o papel com a ponta fina do lápis
Recriando as palavras
Em suas formas mil.
Volto a te ler
Nos bares pelas esquinas
Nos olhos dos drogados e embriagados
No mergulho dos naufragados e viciados.
Volto a te ver
Nos versos velhos
Nas músicas rasgadas
Nos estudantes revoltados
Nas domésticas enfadadas.
Perguntas pelos cometas
Te respondem as estrelas
Que voltei
Mas já estou de partida.
Amaciando o papel com a ponta fina do lápis
Recriando as palavras
Em suas formas mil.
Volto a te ler
Nos bares pelas esquinas
Nos olhos dos drogados e embriagados
No mergulho dos naufragados e viciados.
Volto a te ver
Nos versos velhos
Nas músicas rasgadas
Nos estudantes revoltados
Nas domésticas enfadadas.
Perguntas pelos cometas
Te respondem as estrelas
Que voltei
Mas já estou de partida.
quarta-feira, janeiro 16, 2008
Son-ância
Sou a mais íntima musica externa
Que rasga os lábios
De quem se atreve cantar.
Sou a poesia morta
Que com o pessoal comum milagre
Reencarna modificando
Os sentidos de seus versos.
Sou a paz de minha alma contida na guerra
De meu corpo.
Sou o ritmo do tempo
Que envolve os acordes
Do perfume dedilhado das flores.
Sou todas as pessoas conjugadas no tempo
Sou o tempo conjugado
Nas pessoas.
Sou morte para ser vida
Sou areia para ser castelo
Sou tristeza para ser alegria
Sou ação para ser conclusão.
Sou antítese em plena personificação.
Que rasga os lábios
De quem se atreve cantar.
Sou a poesia morta
Que com o pessoal comum milagre
Reencarna modificando
Os sentidos de seus versos.
Sou a paz de minha alma contida na guerra
De meu corpo.
Sou o ritmo do tempo
Que envolve os acordes
Do perfume dedilhado das flores.
Sou todas as pessoas conjugadas no tempo
Sou o tempo conjugado
Nas pessoas.
Sou morte para ser vida
Sou areia para ser castelo
Sou tristeza para ser alegria
Sou ação para ser conclusão.
Sou antítese em plena personificação.
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