sábado, dezembro 13, 2008

Desafinando II

Desculpa-me
Por meu verso sujo,
Minhas palavras se embriagaram
Nesta madrugada.
Todos os acentos
Deslizaram do papel
E só restou o rabisco.
Rabisco meu
Sem pausa ou interrogações
Que transpassa a lente dos seus óculos
A onda dos seus cachos
Rabisco meu
Falho e sujo
Que sobra nesse papel amassado
Embrulhando o que resta de sóbrio
No meu estranho jeito
De te dizer que és como um baixo
Preenchendo em som grave
Os vazios da minha música
Mal tocada.