sábado, abril 05, 2008

Das fumaças saia dinheiro
Mais o ctrl alt
E sua tecnologia.

Nas calçadas as cóleras e seus deletes
As putas e seus versos
Os poetas e seus infernos

Nas ruas não há meninos
Nos meninos não há asfalto
No fundo da garrafa
O odor da rosa à essência da cor
Da cola.

Vi silva,vi batista
Vi vilela,vi calheiros
Na protuberância do circo brasileiro

Do sertão ao cerrado
Da caatinga ao extremo da América de trapos
Os rebanhos emergem
Os campos adormecem
Enquanto o império nos converte.

Marco o ponto
volto para casa
volto para o aconchego de minha mulher sagrada
Respiro,penso
Logo sento à mesa no lamento

Nutro a multidão
vou dormir liso
Com apenas o número
De minha identificação.

01-12-07

3 comentários:

Anônimo disse...

arrepiante

parabéns moça! simplesmente maravilhoso...

julia disse...

hihih
x)
brigada

Moreno B. disse...

Ser nômade... e derivar na arenosidade do real...

Você dedilha bem essa tensão.

:)