terça-feira, março 11, 2008

olhando de olhos abertos

confesso que por segundos
acreditei nas métricas
perfeitas de tuas palavras
nas rimas compostas da tua voz
no livre decassílabo-ou não-
de nós
na eloquência noturna
de tuas mãos
no verso mais bandido
da tua boca.

ontem se foi
amanhã talvez será
mas tu me faz acreditar
que não és amante
nem senhor
mendigo ou doutor
apenas poeta

4 comentários:

Anônimo disse...

lindinho!

Lee disse...

confesso que por eternidades
desejei as métricas
imperfeitas de suas palavras
as rimas decompostas de sua voz

(... nós sim... livres!)

Confesso que desejei
suas mãos sem eloquência
sua boca sem versos bandidos.

Apenas poeta,
mendigo ou doutor...
não senhor!
Amante
diante o amanhã
e o ontem na vitrine.

Confesso...
(!)
Confesso!
(A)Mo{r}(te) em decassílabos.

Yara Souza disse...

Nas métricas perfeitas e nas imperfeitas, nas rimas compostas ou decompostas, das mãos eloquentes ou não, nos segundos e eternidades, vocês são poetas, amantes, amados...

Chiensetchats disse...

Estou petrificado! Você tem um poder absurdo com as palavras, um sentimento profundo e cortante feito faca mergulhada no vazio da existência humana. Ju, você é uma verdadeira poeta!