segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Mesmo que para te sentir
Tenha que entregar meus órgãos
Tenha que sacrificar meus óvulos
Meu prazer

Sinto contigo meu ventre pulsar
Minha origem gritar
Minha estação desabrochar
O peso de ser o que sou e o que ainda poderei ser.

De modo explícito
Te surro com palavras
Desejo nunca ter te conhecido
Prometo até,te destruir,
Mas logo fico sem forças
Pois em te
Encontro o ápice da delicadeza e da brutalidade
Se fundirem a me tornar mulher.

*ode a menstruação.

conversas com emi

3 comentários:

Anônimo disse...

lindo como sempre.

Lee disse...

pois em ti

Lee disse...

A tela,
a tinta,
a gasolina,
pra te sentir...

meu prazer
minha última estação.

Te destruir
sem forças
com minhas palavras.
Meu modo explicito de te tocar
meu apice de delicadeza
de talvez amar.

Em cordas e lamentos
meu acaso é utopia
e ilusão.