Esquece esse coração imotus
Dono de cronômetros
De rígidos dinamômetros.
Calabar dos que sentem
Monalisa fugitiva
De quem me sente.
Esquece dos abalos
Dos abadalos.
Dos mendigos limpos
Dos cobradores ricos
Das domésticas fracas
Desse peito contido.
Esquece,
A estética falha
Da imaturidade quadrada
Da falta do que dizer
Da rima sem vogal,
Do medo estridente
De uma semivogal.
na verdade,
não esquece.
segunda-feira, março 31, 2008
quarta-feira, março 26, 2008
virtual
como dita a regra
a paixão foi se perdendo.
a agonia do desejo
já não desgarra o coração
outrora,carnavalesco
as músicas já não sooam
como uma valsa a dois
as belas
simples frases
não mais encantam
e as emoções,mais uma vez
são amenizadas e jogadas
na pasta dos documentos da memória
a paixão foi se perdendo.
a agonia do desejo
já não desgarra o coração
outrora,carnavalesco
as músicas já não sooam
como uma valsa a dois
as belas
simples frases
não mais encantam
e as emoções,mais uma vez
são amenizadas e jogadas
na pasta dos documentos da memória
Clandestina
Como uma garganta entalada
Sentir esse tal de sentimento
Entalar-me por inteiro.
Olhei de um lado ao outro
Mas só mirei o que te formava.
Como quem foge da saudade
Preferir meu silêncio
A descrever a desgraçada verdade.
Me privei
Fugi de mim
Tentei até prostituir
O que sinto pelo que
Nada há de se sentir.
Fui em Himalaia
Contornei Guatemala
Quebrei as pontes que traziam-me
Para mim
Retorci os automóveis
Minhas pernas e estradas.
Feliz por não me achar
Descobrir um novo país
Passei pelas divisas clandestinamente.
Tinham poucas companhias
-talvez apenas duas-
As quais não deixaram-me retornar.
Peguei carona em um caminhão
Velho,abandonado
Quase parado.
Sem perceber,
Voltei ao início.
No primeiro outdoor
Tinha escrito minhas palavras
Em tua grafia,
Pedi pra voltar
Mas era tarde
Já tinham reforçado a segurança de nossas divisas
E por aqui,em teu país,fiquei
clandestinamente.
16-03-08
Sentir esse tal de sentimento
Entalar-me por inteiro.
Olhei de um lado ao outro
Mas só mirei o que te formava.
Como quem foge da saudade
Preferir meu silêncio
A descrever a desgraçada verdade.
Me privei
Fugi de mim
Tentei até prostituir
O que sinto pelo que
Nada há de se sentir.
Fui em Himalaia
Contornei Guatemala
Quebrei as pontes que traziam-me
Para mim
Retorci os automóveis
Minhas pernas e estradas.
Feliz por não me achar
Descobrir um novo país
Passei pelas divisas clandestinamente.
Tinham poucas companhias
-talvez apenas duas-
As quais não deixaram-me retornar.
Peguei carona em um caminhão
Velho,abandonado
Quase parado.
Sem perceber,
Voltei ao início.
No primeiro outdoor
Tinha escrito minhas palavras
Em tua grafia,
Pedi pra voltar
Mas era tarde
Já tinham reforçado a segurança de nossas divisas
E por aqui,em teu país,fiquei
clandestinamente.
16-03-08
segunda-feira, março 24, 2008
lições de sala
A menina ficou sem voz tentando explicar a professora que Nada sempre será núcleo do sujeito
terça-feira, março 11, 2008
olhando de olhos abertos
confesso que por segundos
acreditei nas métricas
perfeitas de tuas palavras
nas rimas compostas da tua voz
no livre decassílabo-ou não-
de nós
na eloquência noturna
de tuas mãos
no verso mais bandido
da tua boca.
ontem se foi
amanhã talvez será
mas tu me faz acreditar
que não és amante
nem senhor
mendigo ou doutor
apenas poeta
acreditei nas métricas
perfeitas de tuas palavras
nas rimas compostas da tua voz
no livre decassílabo-ou não-
de nós
na eloquência noturna
de tuas mãos
no verso mais bandido
da tua boca.
ontem se foi
amanhã talvez será
mas tu me faz acreditar
que não és amante
nem senhor
mendigo ou doutor
apenas poeta
domingo, março 09, 2008
Promoção ré-lâmpago
Estou a um passo do tráfico
Venderei todos meus vícios
E ilusões
Minhas drogas são das baratas
Minha mochila está carregada
Trago fardos a pó
Amores enrolados em sedas
Encantamento no chá
E um pouco de inocência
Transformada em nicotina
Quem irá comprá-los
Quem irá tragá-los
E queima-los para mim?
Venderei todos meus vícios
E ilusões
Minhas drogas são das baratas
Minha mochila está carregada
Trago fardos a pó
Amores enrolados em sedas
Encantamento no chá
E um pouco de inocência
Transformada em nicotina
Quem irá comprá-los
Quem irá tragá-los
E queima-los para mim?
terça-feira, março 04, 2008
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